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quarta-feira, 31 de julho de 2013

CONCLUÍDOS PRIMEIROS INQUÉRITOS SOBRE MANIFESTAÇÕES EM POA

Sul 21 Breaking News
Data:31/jul/2013, 9h24min

Primeiros inquéritos sobre manifestações em Porto Alegre estão concluídos, diz delegado


Foto: Bernardo Jardim Ribeiro/Sul21

Iuri Müller

Parte dos inquéritos sobre os delitos cometidos nos protestos em Porto Alegre já está finalizada, segundo o delegado Marco Antônio Duarte, da Polícia Civil. Durante o mês de junho e nos primeiros dias de julho, dezenas de pessoas acabaram detidas em meio às manifestações contra o aumento da passagem do transporte público – por diferentes motivos e em distintas situações. Após a conclusão do trabalho investigativo, os inquéritos devem ser encaminhados ao Judiciário.

O número total de pessoas envolvidas na apuração da Polícia Civil chegaria a 60, segundo as informações da polícia – sendo 21 dos casos relativos a delitos considerados menores, como, por exemplo, os atos de resistência, desobediência e desacato. Os demais responderiam por, entre outros delitos, ações de dano ao patrimônio público, furto e roubo.

Para o delegado Marco Antônio, mesmo que alguns inquéritos estejam prontos, o trabalho da Polícia Civil ainda não se encontra perto do final: “a análise da parte documental, que é muito longa, ainda está acontecendo”, disse. “Após o inquérito ser finalizado, encaminharemos ao Judiciário. Então os envolvidos serão chamados a depor, mas os prazos dependem da Justiça e não mais da polícia”, explicou.

Questionado pelo Sul21 sobre a possível permanência de alguns detidos nas celas do Presídio Central, Marco Antônio Duarte afirmou não ter informações sobre o caso. No dia 22 de julho, Porto Alegre recebeu, até aqui, a última manifestação organizada pelo Bloco de Lutas pelo Transporte Público. Cerca de quinhentas pessoas protestaram pelas ruas do Centro, numa noite fria que não registrou nenhum incidente grave. “Até agora, não recebemos nenhuma informação sobre problemas neste protesto”, afirmou o delegado.

O próximo ato está marcado para a próxima quinta-feira (1°), com aglomeração prevista para ocorrer outra vez em frente ao prédio da Prefeitura Municipal. Para Marco Antônio Duarte, a continuidade das manifestações não necessariamente pode significar novos números para a investigação: “se eles (os atos) prosseguirem sem incidentes, não vão gerar mais trabalho para a polícia”, concluiu.

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