A mobilização social é um vigoroso instrumento de defesa de direitos e poderoso para pressionar os Poderes no exercício de seus deveres, obrigações, finalidade pública, observância da supremacia do interesse público, zelo dos recursos públicos e gestão voltada à qualidade de vida do povo. Não existe um futuro promissor para uma nação de cidadãos servis e acomodados que entrega o poder aos legisladores permissivos, a uma justiça leniente e aos governantes negligentes, perdulários e ambiciosos que cobram impostos abusivos, desperdiçam dinheiro público, sonegam saúde, submetem a educação, estimulam a violência, tratam o povo com descaso e favorecem a impunidade dos criminosos.

sexta-feira, 12 de julho de 2013

50 REAIS PARA PARTICIPAR DE PROTESTO

REVISTA ISTOÉ Online | 11.Jul.13 - 19:14 | Atualizado em 12.Jul.13 - 10:13

Grupo recebe R$ 50 para participar de protesto na Avenida Paulista. Manifestantes disseram terem sido chamados pela UGT, mas entidade nega pagamentos

Terra




Um grupo de pelo menos 100 manifestantes recebeu dinheiro para participar da manifestação realizada nesta quinta-feira na avenida Paulista, em São Paulo, mobilizada pelas centrais sindicais e movimentos sociais. Segundo alguns manifestantes confirmaram ao Terra, o pagamento teria sido feito pela União Geral dos Trabalhadores (UGT), mas a diretoria da entidade nega a ação e a atribui "sindicatos independentes".

O Terra flagrou o grupo recebendo o pagamento, em uma rua ao lado do Masp, onde ocorreu o maior protesto da Greve Geral, em São Paulo. Segundo alguns manifestantes, que preferiram não revelar seus nomes, a UGT teria pago R$ 50 por pessoa para que eles participassem da passeata que começou na rua 25 de Março, no centro.

"Eles pagaram R$ 50 e deram uma pulseirinha", disse uma jovem, que não quis gravar entrevista, mas que afirmou não ser sindicalizada - outros manifestantes que receberam o pagamento também não eram sindicalizados.

Abordadas, algumas pessoas afirmaram ter recebido apenas lanches e "ajuda de custos" para o transporte.

Ao Terra, o presidente da UGT, Ricardo Patah, negou que a entidade sindical tenha pago qualquer valor aos manifestantes e disse que eventuais pagamentos teriam sido feitos por "sindicatos independentes, para ajudar nas despesas".

"A UGT não pagou ninguém, nem autorizou ninguém a pagar pela participação dos trabalhadores. Quem veio, veio pela causa. Mas o que pode ter acontecido é de algum sindicato ter pago esse valor para ajudar nos custos, afinal muitos estavam no protesto desde a madrugada e moram longe. Mas a UGT não tem como controlar isso, temos vários sindicatos associados", afirmou.

Segundo Patah, cerca de 20 mil pessoas, de varias centrais, participaram dos protestos hoje - a Polícia Militar confirmou 7 mil manifestantes, no total. A greve geral começou pela manhã com vários protestos em São Paulo, mas os transportes públicos não foram afetados.

Greve geral

Milhões de trabalhadores prometem cruzar os braços e paralisar serviços fundamentais como bancos, indústria, obras, transporte público e construção civil em várias cidades. Entre as entidades que aderiram a paralisação nacional estão a Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical, União Geral dos Trabalhadores (UGT) e Coordenação Nacional de Lutas (Conlutas), além do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e da União Nacional dos Estudantes (UNE).

Chamado pelos sindicatos de greve geral, o movimento - que pegou carona na onda de protestos que atingiu diversas cidades brasileiras em junho - é o quarto desse tipo em 190 anos, desde a Independência (7 de setembro de 1822). Em 2013, a novidade é a unificação dos sindicatos e movimentos sociais em uma pauta que cobra o avanço do Brasil.

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