A mobilização social é um vigoroso instrumento de defesa de direitos e poderoso para pressionar os Poderes no exercício de seus deveres, obrigações, finalidade pública, observância da supremacia do interesse público, zelo dos recursos públicos e gestão voltada à qualidade de vida do povo. Não existe um futuro promissor para uma nação de cidadãos servis e acomodados que entrega o poder aos legisladores permissivos, a uma justiça leniente e aos governantes negligentes, perdulários e ambiciosos que cobram impostos abusivos, desperdiçam dinheiro público, sonegam saúde, submetem a educação, estimulam a violência, tratam o povo com descaso e favorecem a impunidade dos criminosos.

quarta-feira, 4 de julho de 2012

LEI DE ACESSO NÃO É CAÇA ÀS BRUXAS

CORREIO DO POVO, 04/07/2012


Taline Oppitz


A polêmica estabelecida no Estado em torno da Lei de Acesso à Informação, devido à resistência de poderes e instituições em divulgar nomes e salários de seus servidores, acaba restringindo o debate em relação aos efeitos da legislação.

A Lei de Acesso não deve ser encarada como uma caça às bruxas. Ela é bem mais ampla e vai muito além da divulgação de contracheques, garantindo quase que irrestrito acesso dos cidadãos, salvo em casos protegidos por sigilo.

Apesar de falhas iniciais dos que ainda tentam se adaptar à nova legislação, caso do governo federal; de outros órgãos, que ainda não conseguiram se adequar por falta de estrutura; e do interesse ainda restrito de boa parte da população, que não tem total noção do instrumento que tem em mãos, a Lei de Acesso deve ser saudada.

 Ela é uma ferramenta que, se observada e bem utilizada, fortalecerá a democracia, aperfeiçoará as estruturas públicas e a prestação dos serviços, coibirá a corrupção, contribuirá para ampliar a noção de cidadania e fará com que a transparência, tão alardeada em discursos, seja exercida, na prática.

Como sempre

Assim como em outros temas marcados por polêmica no Rio Grande do Sul, as discussões em torno da Lei de Acesso começaram a ser pessoalizadas. A postura não acrescenta e exclue a racionalidade do debate.

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