A mobilização social é um vigoroso instrumento de defesa de direitos e poderoso para pressionar os Poderes no exercício de seus deveres, obrigações, finalidade pública, observância da supremacia do interesse público, zelo dos recursos públicos e gestão voltada à qualidade de vida do povo. Não existe um futuro promissor para uma nação de cidadãos servis e acomodados que entrega o poder aos legisladores permissivos, a uma justiça leniente e aos governantes negligentes, perdulários e ambiciosos que cobram impostos abusivos, desperdiçam dinheiro público, sonegam saúde, submetem a educação, estimulam a violência, tratam o povo com descaso e favorecem a impunidade dos criminosos.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

DEBAIXO DA CHUVA, CATARINENSES MARCHAM CONTRA A CORRUPÇÃO


CONTRA A CORRUPÇÃO. Protesto marca feriado na Capital. Manifestantes se reuniram para debates sobre o tema e uma passeata. Debaixo de chuva, carregando guarda-chuvas e faixas, cerca de 500 pessoas realizaram, ontem, uma manifestação contra a corrupção na Capital. NATÁLIA VIANA. Diário Catarinense, 16/11/2011

A concentração dos manifestantes começou no Centro de Eventos da Universidade Federal de Santa Catarina, onde os participantes discutiram ações para o combate à corrupção e, depois, seguiram em uma passeata ao redor do campus. O grupo ainda elegeu 10 propostas para compor a Carta Floripa.

No total, 270 pessoas assinaram a lista de presença e se dividiram em quatro salas para debater os três eixos propostos pela organização: transparência, controle social e combate à corrupção. O estudante Rodrigo Tissot de Souza participou das discussões sobre o combate à corrupção e aprovou a iniciativa:

– Ações como estas são importantes porque não adianta ficar só ouvindo, temos que agir.

Dos grupos saíram propostas como fim das coligações políticas, controle social do judiciário, nota fiscal com dados de tributação, tornar corrupção crime hediondo, fim das votações secretas parlamentares e implantação do Ficha Limpa. Enquanto seguiam os debates, outro grupo lotava o hall de entrada do Centro de Eventos.

As três lojas maçônicas abraçaram o ato e os maçons compareceram em peso ao manifesto. Usando camisetas com os dizeres “Maçonaria catarinense contra a corrupção”, carregavam faixas em defesa da Ficha Limpa e contra o aumento de impostos. Segundo o grão-mestre da Grande Loja de Santa Catarina, João Eduardo Berbigier, a Maçonaria faz parte da sociedade e também deve lutar pela transparência no poder público e pela moralidade administrativa.

– Estamos preocupados com a letargia da população e com o fato de as pessoas acharem que a corrupção é algo aceitável. Queremos romper com este ciclo – afirmou Berbigier.

Dos três grupos, saíram 162 propostas, das quais foram escolhidas 60 para serem votadas na Conferência Livre para eleger as 10 propostas da Carta Floripa. Para o representante da Controladoria Geral da União (CGU-SC), Fernando Rodrigues Júnior, o ato canalizou um movimento espontâneo que surgiu a partir de estudantes na internet. A Carta será entregue pelo grupo aos chefes dos poderes catarinenses no evento que marcará o Dia Internacional contra a Corrupção, em 9 de dezembro.

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