A mobilização social é um vigoroso instrumento de defesa de direitos e poderoso para pressionar os Poderes no exercício de seus deveres, obrigações, finalidade pública, observância da supremacia do interesse público, zelo dos recursos públicos e gestão voltada à qualidade de vida do povo. Não existe um futuro promissor para uma nação de cidadãos servis e acomodados que entrega o poder aos legisladores permissivos, a uma justiça leniente e aos governantes negligentes, perdulários e ambiciosos que cobram impostos abusivos, desperdiçam dinheiro público, sonegam saúde, submetem a educação, estimulam a violência, tratam o povo com descaso e favorecem a impunidade dos criminosos.

sábado, 15 de outubro de 2011

DIA DE PROTESTO GLOBALIZADO OCUPA RUAS


RUAS OCUPADAS. Dia de protesto globalizado. Com organização pulverizada, mobilizações devem alcançar 82 países e quase mil cidades em todo o mundo neste sábado - ZERO HORA 15/10/2011

De Tóquio a Pelotas, de estudantes a líderes de entidades tradicionais, uma multidão de inconformados vai às ruas e praças hoje em 82 países, segundo os organizadores informais. No Rio Grande do Sul, ao menos quatro cidades estão entre as 951 mapeadas para o dia de pedir mudanças globais – de econômicas a políticas, de ambientais a sociais.

Ausência de líderes, convocações pela internet e diversidade de manifestantes são algumas das marcas como vem ocorrendo desde o início do ano com as revoltas da chamada Primavera Árabe. As mesmas características identificam os Indignados na Europa, que foram levados às ruas pela crise no continente, e os que pretendem Ocupar Wall Street e dezenas de cidades dos Estados Unidos.

No Brasil, ao menos sete grupos convocam para concentrações, caminhadas e acampamentos: dos intrigantes Anonymous – grupo de hackers que rejeita o rótulo e usa máscaras iguais à do protagonista do filme V de Vingança – a representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

– Estarei lá – avisa o presidente da seccional gaúcha da OAB, Claudio Lamachia, sobre a caminhada do Parque da Redenção à Praça da Matriz, assegurando que o protesto será pacífico.

Se a OAB leva sua pauta de combate à corrupção e fim da impunidade, outros grupos têm agendas diferentes, mas a democracia é alvo.

– É um dia de protesto contra a política dominada pelos corruptos e pelos ricos. Defendemos que o povo participe das decisões políticas e econômicas – explica Rodolfo Mohr, do diretório acadêmico da UFRGS.

Na Capital, a EPTCvai acompanhar o protesto. Se for necessário, avisa o gerente de fiscalização, Tarciso Kasper, até com interrupção total do trânsito.

Em um dos principais sites que convocam para o movimento, o 15 de Outubro – Unidos por Mudança Global, o apelo é por um protesto não violento.

No entanto, num dos pontos nevrálgicos da mobilização, o Zuccotti Park, vizinho de Wall Street, em Nova York, ontem foi um dia tenso. No início da manhã, a polícia cercou os acampados, com ordem de limpar a praça. Houve um início de confronto, mas a ordem de despejo foi suspensa. Nos EUA, ao menos 30 pessoas foram presas em choque com a polícia.

Gaúchos organizados

NORTE - Em Passo Fundo, a manifestação contra o poder econômico e a corrupção terá debates. Os organizadores querem atrair a comunidade para o movimento com foco na situação da cidade. Os manifestantes vão se reunir na Praça Marechal Floriano, no Centro, das 10h às 18h. Associações, movimentos sociais e sindicatos participam.

CENTRO - Em Santa Maria, movimentos estudantis e sociais farão vigília na Praça Saldanha Marinho, das 14h às 19h, no protesto Democracia Real Já. Também haverá mateada e oficinas culturais. Os manifestantes fizeram reivindicações locais, como mais investimentos em moradias na cidade e melhora no transporte coletivo.

SUL - Em Pelotas, a mobilização está marcada para as 11h, com panfletagem no calçadão da Andrade Neves. Às 14h, o grupo segue em caminhada até a Praça Coronel Pedro Osório, onde montará acampamento até domingo. Estão previstos debates e projeção de filmes sobre democracia. O movimento é liderado por estudantes, em parceria com sindicatos.

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